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Unasur: exercícios militares do Reino Unido nas Malvinas é uma provocação

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Por IELA em 16 de outubro de 2016

Unasur: exercícios militares do Reino Unido nas Malvinas é uma provocação

Foto: Reuters

Nos dias que vão de 19 até 28 de outubro, o Reino Unido está planejando realizar exercícios militares no território das ilhas Malvinas. Por conta disso, a União das Nações Sul-americanas (Unasul) fez um chamado aos governos da América Latina para que se pronunciem rechaçando essa ideia, que considera como uma provocação internacional.
As ilhas Malvinas, que a Inglaterra tomou como suas em 1833 – ainda num contexto de ocupação colonial – formam uma arquipélago bem ao sul do oceano Atlântico, na plataforma continental da Patagônia. As principais ilhas ficam a menos de 500 quilômetros a leste da costa argentina, razão pela qual a Argentina tem sistematicamente lutado pela anexação ao seu território.
Essa revindicação gerou inclusive uma ocupação das ilhas pelo exército argentino em abril de 1982, o que ficou conhecido como “a guerra das Malvinas”, vencida pela Inglaterra apenas dois meses depois.  O episódio até hoje reverbera no coração e nas mentes dos argentinos, que não aceitam o fato de ter um enclave colonial a poucos quilômetros da sua costa. A guerra custou quase 700 vidas aos argentinos e 255 dos britânicos.
Não é sem razão que essa maratona militar planejada pelo Reino Unido esteja reabrindo velhas feridas. E é em função dessa história de lutas que a secretaria geral da Unasul considera como uma “provocação internacional” a realização dos tais exercícios em “espaços marítimos soberanos da Argentina” .
A Unasul também afirma que respalda as declarações indignadas do governo da Argentina frente a este lamentável episódio e espera que os demais países também se pronunciem, afinal a atitude do Reino Unido viola pelo menos 40 resoluções da Assembleia Geral da ONU que ordenam uma saída negociada para o conflito territorial.
Já as autoridades do Reino Unido insistem que as operações militares são exercícios de rotina e não há notícias de que possam ser suspensas.
 
 

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