Eleições no México
Texto: IELA
Foto: Telesur
No próximo domingo, dia 10 de abril, é a vez do Peru realizar suas eleições gerais. Serão escolhidos os cargos de presidente, vice-presidente, 130 representantes do parlamento nacional e outros cinco representantes do Parlamento Andino para el perÍodo 2016-2021.
Para o principal cargo do país, o de presidente, nesse primeiro turno os peruanos deverão decidir entre dez candidatos.
O candidato da situação é Alejandro Toledo, que disputa pela coligação “Perú Posible”. Ele já foi presidente do país no período 2001-2006 e foi justamente no seu governo que foi assinado o Tratado de Livre Comércio com os Estados Unidos. Ele disputa o cargo em meio a denúncias de lavagem de dinheiro e compra de uma imobiliária quando exerceu a presidência. Segue sendo investigado pelo Poder Judiciário do Peru.
A direita mais radical vem representada no “Partido de Fuerza Popular”, formado basicamente por fujimoristas (adeptos do ex-presidente golpista Alberto Fujimori, que cumpre pena por crime de lesa humanidade) e a candidata não é nada mais, nada menos do que a filha do ditador, Keiko Fujimori. Ela foi eleita como congressista e chegou em segundo lugar na eleição presidencial passada. É partidária do livre mercado e está envolvida em várias denúncias de corrupção. Mesmo assim é bastante popular no país e lidera as intenções de voto, fazendo de 30 a 40% nas pesquisas.
Outro candidato bastante popular e que disputa com Keiko as intenções de voto é o economista Pedro Pablo Kuczynski. Ele é candidato pelo partido “Peruanos por el Kambio” (PPK), e além de economista é músico. Foi ministro de Energia e Minas em 2001 e também presidente do Conselho de Ministros no governo de Alejandro Toledo. Atualmente atua em uma ONG chamada Água Limpa em apoio aos camponeses.
No páreo também está o já conhecido político e ex-presidente Alan García. Disputa pelo partido “Alianza Popular”. Foi presidente entre 1985 e 1990, e também no período de 2006 a 2011. Seu primeiro governo gerou uma das piores crises da história do país, com inflação e violência. No segundo mandato firmou vários tratados de libre comercio. É uma raposa velha e vem com a proposta de aumentar o salário mínimo e melhorar o crédito. .
Pelo partido “Acción Popular” concorre Alfredo Barnechea, jornalista e politólogo. Ele já foi deputado pelo partido aprista de 1985 a 1990, mas deixou essa agremiação ainda em 1988 por ter uma posição muito forte contra a estatização dos bancos. Sua principal promessa na campanha é reformar as polícias.
Fernando Olivera é o candidato da “Frente Esperanza”. Foi ministro de Justiça do país entre 2001 e 2002.
Verónika Mendoza é a segunda mulher nesse tabuleiro eleitoral de 2016. É candidata pela “Frente Amplio”, psicóloga de profissão e representa a candidatura da esquerda. Entre suas propostas está a de estabelecer uma “Revolução Produtiva”, com recursos garantidos aos microempresários, elevar o salário mínimo e garantir direitos aos trabalhadores.
Ántero Flores é advogado e foi dirigente do Partido Popular Cristiano. Também exerceu cargo de deputado, constituinte e congressista da República. Em 2004 foi eleito presidente do Congresso mesmo sendo oposição ao então presidente Alejandro Toledo.
Miguel Hilario representa o partido “Progresando Perú” e é membro do povo indígena amazônico Shipibo-Konibo.
Gregorio Santos vem pelo partido “Democracia Directa” e tem como proposta principal a gratuidade do sistema de saúde para todos. Tem sido uma das lideranças contra o projeto mineiro Conga.
O candidato que receber mais de 50% dos votos válidos no dia 10 de abril já é eleito no primeiro turno. Caso isso não aconteça, os dois mais votados fazem um segundo turno em cinco de junho.
Dos três candidatos mais citados nas pesquisas, Keiko, PPK e Verónika, nenhum passa dos 50%. Adisputa promete ficar acirrada entre PPK e Verónika que representa a força de esquerda eleitoral.
Com informações de www.teleSURtv.net
