Macri assume como presidente na Argentina

O novo presidente – é o de número 52 – prestou juramento diante da Assembleia Legislativa e fez um discurso de 25 minutos. Ressaltou que seu gabinete será formado por dirigentes modernos e que levará a Argentina para o século XXI. Comentou ainda que seu governo se pautará por três grandes projetos: a busca pela pobreza zero através da universalização da proteção social, o combate ao narcotráfico que será dado como nunca antes no país e a proposta de unificação de todos os argentinos. De maneira bastante dúbia criticou o fanatismo, alegando que isso arrasta o povo à violência, prometeu combate à corrupção e também alegou que não tolerará juízes militantes, procurando garantir uma justiça independente. 
Depois de falar no Congresso ele desfilou em carro aberto pela Avenida de Maio até a Casa Rosada onde o esperavam seus partidários e o presidente do Senado que foi quem lhe entregou o bastão de mando. 
Na fala à nação já adiantou sua maneira de governar. Afirmou que a Argentina vai manter sua soberania, mas sempre em diálogo com os demais países. Também anunciou que para equilibrar a economia será necessário o uso dos recursos naturais e o aceite de investimentos estrangeiros como “única forma de ter prosperidade”. Atacou o nacionalismo dizendo que isso não garante dividendos e prometeu diálogo com os demais países da América Latina.
Já na Casa Rosada Macri recebeu os dirigentes estrangeiros e locais, indo depois para o balcão de onde saudou os apoiadores que se aglomeravam na praça. Recebido com uma alegre canção, o presidente dançou, fez piruetas, beijou a mulher, abraçou os amigos enquanto a vice-presidente arriscava cantar junto com a multidão. Na sua fala tratou de expressar a alegria por estar ali: “parece que foi ontem que nos animamos a pensar que os argentinos poderiam viver melhor”.
Já Cristina Kirchner não participou da cerimônia de posse. Ela considerou desrespeitoso o pedido de Macri à justiça para que indicasse o horário em que terminaria o mandato da presidenta, sendo que comumente dá-se por terminado o mandato na entrega do bastão. Foi uma provocação e ela decidiu que não haveria condições de um encontro amigável.
Assim, a população de Buenos Aires decidiu despedir-se de Cristina num ato público que contou com quase um milhão de pessoas. A ex-presidente discursou e agradeceu pelo apoio nesses anos todos, lembrando que foi um tempo em que a maioria do povo esteve no poder.