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O Desempenho do Comércio Exterior no Período de Janeiro a Outubro de 2016

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Por IELA em 07 de novembro de 2016

O Desempenho do Comércio Exterior no Período de Janeiro a Outubro de 2016

 
 
 
 
 

O governo golpista vem anunciando, com pompa e circunstância, o bom saldo comercial obtido em outubro (US$ 2,3 bilhões), o que eleva o saldo acumulado do ano (janeiro-outubro) a US$ 38,52 bilhões, o maior saldo para o período, desde o início da série histórica (1989) sobre comércio exterior. 
Entretanto, o bom saldo encobre, na realidade, um comportamento bastante negativo da nossa economia. 
De fato, as exportações em outubro de 2016 caíram 10,2%, em relação a outubro de 2015, e a diminuição em relação a setembro de 2016 foi de 8.8%. 
No acumulado do ano (janeiro a outubro) as exportações diminuíram em US$ 7,5 bilhões, comparativamente ao mesmo período do ano passado (janeiro a outubro de 2015). 
Assim sendo, as exportações, que já estavam num patamar baixo, por causa da crise mundial e do colapso do ciclo das commodities, estão caindo ainda mais. 
Como, então, explicar o bom saldo comercial anunciado com pompa pelo governo golpista? A explicação está na queda acentuada das importações. Com efeito, as importações estão caindo bem mais rapidamente que as exportações, o que explica a geração circunstancial de saldos comerciais mais avultados. 
No gráfico abaixo, pode-se visualizar essa tendência preocupante.

Fonte: MDIC. Elaboração: Marcelo Zero

Como se vê, as exportações no período janeiro a outubro de 2016 caíram, em relação ao mesmo período de 2016. Contudo, as importações tiveram uma queda muito maior, de US$ 148, 3 bilhões para apenas US$ 114, 29 bilhões.

É essa queda brutal nas importações que explica o bom saldo comercial de 2016. 
 Esse encolhimento substancial das importações é um indicativo forte de recessão interna significativa e persistente. Importa-se menos porque não há renda para fazê-lo. 
 Como agravante, deve-se considerar que as importações de bens de capital, no período de janeiro a outubro de 2016, caíram 21,9%, em relação ao mesmo período do ano passado. Isso é um indicativo claro de que nossos empresários não estão investindo no aumento da produção e nem se preparando para fazê-lo.

Esse dado joga por terra a ideia de que a simples deposição da presidenta legítima levaria as nossas classes produtoras a investir mais, em razão de supostas expectativas positivas que seriam criadas automaticamente.

A economia não está se recuperando. Ao contrário, está se deteriorando ainda mais.

No que tange ao desempenho geral do comércio exterior nos governos do PT, comparativamente aos governos anteriores, apresentamos os gráficos à continuação, os quais são autoexplicativos.

Fonte: MDIC. Elaboração: Marcelo Zero

Fonte: MDIC. Elaboração: Marcelo Zero
 

Os governos do PT, com sua política externa exitosa, que diversificou nossas parcerias comerciais e estratégicas, mudou o perfil do nosso comércio exterior. 
 Nesse período, obtivemos superávits comerciais extraordinários, não por causa da queda das importações, que aumentaram de modo significativo (de US$ 47,2 bilhões, em 2002, para US$ 226 bilhões, em 2011), mas em razão do crescimento extraordinário das nossas exportações, as quais saltaram de US$ 60 bilhões, em 2002, para US$ 256 bilhões, em 2011.

 

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