Eleições no México
Texto: IELA
Por Eva Golinger
“Se os Estados Unidos não puder controlar a América, como vai dominar o mundo?” – Henry Kissinger
22.11.2009 – Os textos selecionados para esse livro ilustram a constância da ingerência dos Estados Unidos e sua adaptação as mudanças de circunstâncias na América Latina. Nós, os autores, Jean Guy Allard e eu, somos investigadores dedicados desde muitos anos a descobrir, analisar, monitorar, revelar e denunciar a ingerência e subversão imperial na América Latina, em todas as suas formas.
Com este conjunto de ensaios, queremos evidenciar a permanência da agressão dos Estados Unidos e seus aliados, contra os movimentos revolucionários deste continente. Queremos demonstrar que essa agressão não cessa simplesmente porque um homem de uma determinada cor ocupa a posição de mando em Washington – ao contrário, como verão nas seguintes páginas do livro, as ameaças imperiais estão se intensificando e o perigo cresce a cada dia.
As palavras de Henry Kissinger nos indicam a razão desta escalada de agressões contra a América Latina. Se já não dominam ao sul de sua fronteira, como manteriam a dominação mundial?
Em um mundo multipolar, não há impérios. A integração latino-americana significa adecadência do império estadunidense, e essa grande besta vai lutar com todas as suas forças até o último momento.
Pensamos que, frente ao que vemos, há uma urgência para alertar aos povos sobre o que é essa nova etapa – mais perigosa – de ingerência. O “smart power” (poder inteligente) da administração Obama conseguiu baixar a guarda dos povos e alguns até pensam que por ter ganhado o “Prêmio Nobel da Paz” Obama estará obrigado a construir essa paz mundial. Enquanto isso, as bombas caem com mais freqüência sobre o Afeganistão, a guerra continua no Iraque e o Paquistão juntamente com o irã estão na mira. Já a América latina recebe “sete punhais no coração” com as bases militares na Colômbia. Além disso, a contrainsurgência aumenta e, nos próprios Estados Unidos aumentam a miséria, o deemprego, a pobreza e a repressão.
Com esse livro também lançamos o Centro de Alerta para a Defensa dos Povos, como um espaço de combate para nos mantermos informados sobre as novas estratégias e táticas de ingerência, e sua aplicação contra todos nós. E ainda fazemos um chamado para unir nossos esforços e conhecimentos visando combater o que sabemos é uma agressão coletiva contra todos os povos.
Noam Chomsky já disse que a integração “é uma condição prévia para a independência; se estamos separados vão nos atacar um a um, mas se estão integrados haverá um certo tipo de defesa” . Frente a agressão permanente contra nossos povos, chamamos para construir a defesa coletiva.
Que este texto sirva como arma para a consciência na batalha das idéias.
Livro completo disponível:http://www.centrodealerta.org
