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A morte cotidiana na Colômbia

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Por IELA em 06 de novembro de 2018

A morte cotidiana na Colômbia

Morte na estrada por sicários profissionais

Ainda que muitos tenham lutado e esperado pela paz, na Colômbia, país conflagrado pelas batalhas internas desde os anos 60 do século passado, a eleição de Iván Duque, aliado do declarado inimigo dos acordos de paz, Álvaro Uribe, apenas reforçou o sistemático processo de assassinato de lideranças sindicais, sociais e populares. 
No começo deste mês, o professor e dirigente sindical Javier Ancizar Fernández foi atacado e morto por desconhecidos que metralharam seu carro. No mês de maio ele já havia recebido ameaças de morte, concretizada na mesma estrada onde há menos de 20 dias tinha sido também assassinado outro professor, o indígena Miguel Antonio Calambas. As mortes aconteceram na região de Cauca, conhecida pelo ativismo indígena e popular. 
Conforme informações dos jornais locais, o sindicalista vinha da escola onde lecionava quando foi abordado na zona rural do município de Suárez. A violência do ataque fez com que o carro capotasse várias vezes. 
Javier era professor na escola primária e dirigente sindical da Associação de Trabalhadores da Educação do estado de Cauca. Morto por lutar pelos direitos das crianças e dos colegas. Ele é 175º líder social assassinado na Colômbia só nesse ano. 
 

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