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Estados Unidos é o maior violador de Direitos Humanos do mundo

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Por IELA em 13 de fevereiro de 2015

Estados Unidos é o maior violador de Direitos Humanos do mundo

Os Estados Unidos é o maior violador de direitos humanos no mundo e isso pode ser constatado pelas atrocidades cometidas dentro e fora de suas fronteiras, ano após ano. Tanto que, em março de 2014, o Conselho de Segurança da ONU questionou esse país por conta da violação de direitos dentro de seu território.  A ONU, inclusive, insistiu junto ao governo pela necessidade de castigar os responsáveis pelas torturas e revisar a política do uso de aviões não tripulados (drones).
Nos Estados Unidos morrem anualmente, por causa de armas de fogo, perto de 11.000 pessoas. Segundo o FBI, em 2013 foram usadas armas de fogo em 63,3% dos assassinatos, nos 41% dos roubos e em 21,8% das agressões graves. São comuns também os tiroteios em lugares públicos como universidades, cinemas, praças, hospitais, devido, entre outras coisas, a facilidade de acesso aos armamentos.
Nos últimos anos os afro americanos tem sido vítimas frequentes de assassinatos raciais. Em fevereiro de 2012 foi assassinado em Sanford, Florida, o jovem Trayvon Martin, de 17 anos, por um guarde de segurança que o considerou “suspeito” . No dia 30 de abril de 2014, o policial Christopher Manney disparou 14 vezes contra Dontre Hamilton, de 31 anos, que estava desarmado. Em julho, Eric Garner, de 43 anos, morreu ao ser estrangulado por um policial branco, Daniel Pantaleo. Um mês depois, o agente Darren Wilson assassinou o jovem estadunidense Michael Brown, de 18 anos, em Ferguson, Missouri, San Luis.
Em setembro, funcionários da polícia Utah assassinaram com seis disparos o afro americano Darrien Hunto, de 22 anos de idade. No dia 22 de novembro de 2014, Tamir Rice, de 12 anos, foi baleado pela polícia de Cleveland, Estado Ohio (norte), porque o garoto, que brincava num parque da cidade, sacou uma pistola de brinquedo. Também foi assassinado Antonio Martin, de 18 anos, por agentes da polícia da região de San Luis, perto  de Ferguson.
Nos Estados Unidos é de uso corrente o confinamento solitário nas prisões. Hoje, mais de 80.000 pessoas estão presas em regime de isolamento, em calabouços pobres de ventilação, sem luz natural, definhando as vidas física e psicologicamente.  Alguns prisioneiros estão nessa situação há 40 anos, conforme relata o Registro de Direitos Humanos nos Estados Unidos, publicado pela China em 2013.
De acordo com esse documento, os Estados Unidos é uma das nações que menos garante a vida, a propriedade e a segurança pessoal de seus habitantes, já que em cada ano, uma em cada cinco pessoas é vítima de algum crime, a taxa mais alta do planeta.
As cifras de desemprego e miséria  – outro atentado aos direitos humanos – têm crescido nos Estados Unidos. A empresa Marotta Wealth Management publicou um informe em 2014 que revela que a taxa de pessoas sem trabalho no país alcança 37,2 %; enquanto que a miséria está acima dos 14 %. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos informa que um em cada cinco casas do país, ou seja,  20% das famílias, sobreviveram em 2013 graças a cupons de alimentos que são publicados em revistas, jornais e páginas da rede mundial de computadores.
Não bastasse isso, os estadunidenses estão submetidos a uma vigilância constante por parte do governo. Em 2013 foram divulgados os usos de programas Prism ou Xkeyscore para a espionagem e foram recolhidos dados das pessoas através dos celulares, correios eletrônicos e até interceptação de chamadas telefônicas. Com esses dados as agências de inteligência criam perfis e registram o modo de vida, país de origem, idade, sexo e  salário dos cidadãos, violando assim a privacidade. A esses crimes somam-se os ataques contra as liberdades básicas. Nos Estados Unidos, manifestar-se nas ruas pode dar cadeia, de seis meses a 35 anos e também é preso imediatamente quem ameace, via as redes sociais, a pessoa do presidente.
Fora das fronteiras
A espionagem se estende também em nível global. Os Estados Unidos vigiam governos, exércitos e sistemas financeiros de diferentes países. Washington tem sido ainda o autor intelectual e material de intervenções militares em diversos países do mundo. Quase todas essas ações são levadas a cabo sem a aprovação da ONU.  Nos últimos 15 anos pode-se contar a invasão do Afeganistão (2001), quando os EUA lançaram uma operação para buscar a Osama Bin Laden, acusado por Washington da queda das torres gêmeas em Nova Iorque. A invasão permanece e já deixou um saldo de 3.486 soldados mortos, dos quais  2.356 são estadunidenses, segundo números divulgados no  http://icasualties.org/; assim como é responsável por 17.252 civis assassinados e mais de 29.536 feridos desde que a ONU passou a registrar dados estatísticos sobre esse conflito, de 2009 até 2014.
O Iraque foi invadido em 2003 sob o falso pretexto de busca de  “armas de destruição massiva” que nunca existiram. E foi nesse país, onde os Estados Unidos entraram para dar  ao povo “liberdade”, “democracia” e “seguridade”, que morreram 4.808 militares, 4.489 deles estadunidenses. Até  2013, a 10 anos da invasão, se calculou em mais de 730.000 o número de civis assassinados, conforme a organização Opinion Research Business.
Paquistão, Iêmen e Somália também são vítimas de ataques estadunidenses desde 2002, sob o pretexto de acabar com “grupos terroristas”. Nesses países é comum o uso de drones (aviões militares não tripulados com poder de fogo), que deixaram centenas de civis assassinados, entre eles crianças e velhos.
Líbia foi cenário de uma invasão em 2011, sob o argumento de acabar com uma suposta “repressão” por parte do governo de Muammar Gaddafi. E, além de assassinar o presidente, os invasores destruíram e dividiram o país que até hoje não alcançou a prometida “democracia” nem a “liberdade”.
A Síria é outro cenário de ataques dos Estados Unidos e aliados. Desde março de 2011, esta nação é atacada por grupos terroristas, financiados desde o exterior. Mais de 200.000 pessoas já foram assassinadas e 12,2 milhões necessitam de ajuda humanitária.
Na Ucrânia, em 2014, também se levou a cabo um golpe de estado desenhado pelos Estados Unidos. Nesse processo um milhão de pessoas já foram desalojadas e quase  6.000 foram assassinadas pela repressão do atual governo apoiado pela Casa Branca.
Antes do ano 2000, os Estados Unidos também invadiram Granada (1983), Panamá (1989), Iraque (1991), Somália (1993), Iugoslávia (1995 e 1999), Afeganistão e Sudão  (1998).
À margem dos convênios internacionais
Os Estados Unidos não firmaram, nem aderiram ou ratificaram diferentes tratados internacionais considerados chaves pela ONU em matéria de proteção aos direitos humanos, tais como os convênios contra os crimes de guerra e de lesa humanidade. Tampouco ratificaram a convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher, nem a convenção sobre os direitos das crianças ou contra a prostituição e pornografia infantil. Igualmente não ratificaram o convênio relativo à liberdade sindical, negociação coletiva e idade mínima para emprego, ou a Convenção sobre o direito de pessoas com deficiência.
Washington também não ratificou o  convênio Internacional para a repressão do financiamento do terrorismo, o convênio internacional para a repressão dos atentados terroristas cometidos com bombas, nem o tratado de ONU sobre a proibição completa dos testes nucleares.
Os Estados Unidos tampouco firmaram o Protocolo do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos destinado a abolir a pena de morte; a convenção internacional contra o recrutamento, o financiamento e treinamento de mercenários;  o Convênio para a repressão do tráfico de pessoas e de exploração de prostituição alheia; nem o Protocolo de Kyoto da Convenção ONU sobre Mudanças Climáticas, ainda que seja o maior emissor de gases do mundo. Não bastasse isso, os Estados Unidos suspendeu sua adesão à Corte Internacional de Justiça e ao Estatuto de Roma da Corte Penal Internacional.
Tradução: elaine tavares

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