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Guatemala: assume Bernardo Arévalo

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Por Elaine Tavares em 15 de janeiro de 2024

Guatemala: assume Bernardo Arévalo

Foto: Divulgação/ Governo da Guatemala

Desde as primeiras horas de domingo o presidente eleito da Guatemala anunciava em suas redes que a democracia seria defendida e ele assumiria seu mandato. Afinal, foram meses enfrentando as mais variadas tentativas de golpes. A cerimônia de posse, que estava marcada para as 16 horas, no Centro Cultural Miguel Ángel Asturias, não aconteceu. O Congresso da República se recusava a dar posse aos deputados eleitos bem como iniciar a cerimônia e lá dentro seguiam discutindo se Arévalo iria ser empossado ou não, buscando uma última tentativa de golpe. Uma vergonha. Embaixadores de vários países e até o presidente da OEA, Luis Almagro, procuravam intervir junto aos deputados para que iniciassem a investidura. Já eram nove horas da noite e convidados de todo o mundo que aguardavam para a posse já estavam desistindo de esperar. Muitos acabaram saindo por conta de outros compromissos em seus países. Entre a população a apreensão era grande. Houve manifestações e choques com a polícia.

Era quase meia noite quando finalmente teve início a sessão solene do Congresso da República que deu posse ao presidente Arévalo e sua vice, Karin Herrera. O presidente Alejandro Giammattei não compareceu a cerimônia para troca de faixa. Quem cumpriu esse protocolo foi o vice, Guillermo Castillo. Passavam 15 minutos da meia noite quando Bernardo Arévalo fez o seu juramento, afirmando combater a corrupção e garantir a democracia. Também agradeceu aos jovens da Guatemala por se manterem alertas e afirmou ser graças a eles, que não perderam a esperança em nenhum momento, que ele estava ali, tomando posse.

Horas depois da posse, ainda na madrugada, o presidente e a vice foram até a frente do Ministério Público aonde representantes do movimento indígena da Guatemala faziam vigília desde há 106 dias, em protesto contra as tentativas do MP de impedir a posse. Arévalo agradeceu à resistência das comunidades indígenas que acabaram incentivando protestos em todo o país, o que permitiu que a vontade popular fosse respeitada. Depois da conversa com o presidente, na qual reafirmam também suas demandas, os indígenas acordaram sair da frente do Ministério Público, mas avisaram que continuaram vigilantes.

Eram três horas da manhã quando presidente e vice chegaram ao Palácio de governo aonde esperavam os populares e apoiadores para finalmente celebrarem a posse.

Agora, empossados, Arévalo e Karim terão grandes desafios pela frente. A batalha está só começando.

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