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O Iela na Sepex

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Por Elaine Tavares em 31 de outubro de 2023

O Iela na Sepex

A Semana de Pesquisa e Extensão da UFSC completou esse ano vinte edições. É um momento único no qual o saber universitário se encontra com crianças e adolescentes que sonham um dia também estar ali. A UFSC se abre para as escolas do interior da cidade e do Estado. É uma profusão de meninos e meninas. Eles chegam das mais diversas cidades do interior, lotando os ônibus com sua acelerada animação. É uma atmosfera absurdamente viva, cheia de risos e gritaria. Os professores tentam colocar alguma ordem, em vão. A gurizada entra em desabalada carreira, ávida de surpresas.

E surpresas é o que mais tem na Sepex. Ali estão dezenas de estandes que representam praticamente tudo o que se estuda e o que se cria de conhecimento na UFSC. E mesmo os espaços mais vazio de cores ou coisas sempre encontra o olhar curioso de alguma criança. Ninguém fica a ver navios, ainda que os estantes com laboratórios e bichos e coisas do corpo humano sejam os que atraem mais.

Este ano a Sepex foi para dentro do Centro de Eventos, os estandes ficaram menores e os espaços de circulação também. Isso ajuda bastante na permanente sensação de agito e gritaria que emociona aqueles que trabalham e estudam na UFSC. Aquelas carinhas curiosas se metendo pelas frestas, tocando nas coisas, perguntando, apontando, surpreendendo-se e maravilhando-se. Passeiam por entre dinossauros, física quântica, plantas aquáticas, órgãos humanos, insetos, utopia, América Latina, bonecos. Uma efervescência só.

Quem fica por ali nos estantes sabe que daqui há alguns anos muitos deles estarão por aqui, estudando e criando, muito provavelmente expondo na Sepex. E a gente se emociona porque também sabe que a maioria não vai chegar, porque há um sistema injusto de vestibular, que impede a entrada em massa dos estudantes, que cria um funil, que exclui. Assim que a Sepex é também espaço de muitos sentimentos contraditórios.

No estante do Iela a movimentação é grande porque apresentamos um jogo de baralho com as figuras mais importantes da América Latina. Há bandeiras, bonecos, muita cor deste vibrante continente. O desafio é acertar todas as cartas do baralho e todas as bandeiras dos paises. A gurizada se esforça, tenta, brinca e vai conhecendo gente da qual nunca ouviram falar. Um garoto da Escola Técnica do Comércio de Tubarão, Marcos Sangaletti, deu um banho, acertando quase todo o baralho, assim como o trabalhador da limpeza na UFSC, Luan Barbosa da Silva. Até o segundo dia ninguém conseguiu acertar tudo. Mas, não importa. O que vale é que todos saem do estante sabendo mais do que quando chegaram sobre a nossa Pátria Grande.

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