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Pacifistas realizam protestos contra a Base estadunidense em Guantánamo

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Por IELA em 15 de fevereiro de 2018

Pacifistas realizam protestos contra a Base estadunidense em Guantánamo

A base foi instalada no início do século XX

No dia 23 de fevereiro se completará o 115 ano da criação da base naval estadunidense em Guantánamo, Cuba. Ela nasceu em 1903 como parte de um acordo entre Cuba, naquela época governada por Tomás Estrada Palma e os Estados Unidos, governado por Theodore Roosevelt. Naqueles dias, com o encerramento da guerra hispano-americana, na qual os EUA venceram a Espanha na disputa por Cuba, foi acertado um aluguel do espaço cubano por dois mil dólares ao ano, sem que fosse especificado qualquer tipo de ajuste no contrato. Os EUA libertaram Cuba de Espanha, mas, como troféu, a tomaram para si.
Depois da revolução de 1959, quando a ilha cubana foi recuperada na sua soberania, o governo de Cuba nunca mais cobrou o aluguel – exceto por uma vez, ainda no primeiro ano de governo, quando tudo estava em ajustes. Depois disso, nunca mais foram descontados os cheques de dois mil dólares, porque o governo revolucionário passou a considerar a ocupação do território uma agressão contra o povo livre de Cuba. Na contabilidade cubana, o registro de arrendamento permanece, mas como uma imposição do império. Os Estados Unidos nunca saíram de lá e seguem até hoje, sendo a base de Guantánamo um espaço de tortura e de dor para os prisioneiros que lá são “estocados”.  
Para lembrar essa ocupação criminosa dos EUA ao território de Cuba, ativistas de todo o mundo realizarão protestos nesse dia 23 de fevereiro, não apenas contra esse enclave em Cuba, mas contra todas as demais bases militares que os Estados Unidos mantêm no mundo, para dominar e intimidar países e povos. Ao todo são 860 bases militares em 144 países. Praticamente todo o planeta está cercado.
Os protestos estão sendo organizados com a coordenação da Coalizão contra as Bases Militares Estrangeiras dos Estados Unidos, que lançou a proposta durante uma conferência realizada na Universidade de Baltimore, Maryland, em janeiro desse ano. A proposta principal é fazer com que organizações e movimentos pacifistas de todo o planeta se juntem na proposta de extinção da base de Guantánamo. Os organizadores querem que os Estados Unidos retirem todo o seu pessoal da baia de Guantánamo e que declarem nulo e inválido o acordo firmado em 1903. 
Assista aqui o documentário do jornalista Hernando Calvo Ospina sobre a Base de Guantánamo,sobre a vida dos cubanos que ali trabalharam, vivendo a contradição de estar na revolução também servindo a uma base estadunidense, e sobre como se sentem os cubanos com essa chaga aberta no seu território.
Todo Guantánamo es nuestro

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