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Sem direitos, não à Triumph!

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Por IELA em 25 de janeiro de 2018

Sem direitos, não à Triumph!

 

Foto: Elaine Santos

Na atualidade onde o neoliberalismo ganha força, talvez o mais importante seja perceber e fortalecer as diversas lutas que ocorrem em todo o mundo na tentativa de garantir direitos. As trabalhadoras e trabalhadores da ex-Triumph Portugal, são exemplo disto. 
A fábrica que produz peças íntimas foi vendida há um ano à TGI – Gramax Internacional – com 463 trabalhadores, mulheres em sua maioria, muitas delas trabalhando lá há mais de 20 anos. Em 05 de janeiro de 2018 as trabalhadoras souberam que havia sido aberto um pedido de insolvência e desde então ocuparam e seguem em vigília na porta da fábrica, impedindo que retirem qualquer objeto e maquinário lá de dentro.
Estas mulheres, que não recebem desde novembro, já encontram dificuldades para sobreviver, apoiam-se na própria solidariedade e na organização entre elas, além dos partidos de esquerda e dos movimentos sociais que também estão apoiando esta dramática jornada.
Nesta quarta-feira ocorreu uma reunião no Parlamento Português, como maneira de discutir e encontrar uma solução para que estas mulheres lutadoras possam ao menos dormir em suas casas com alguma garantia de que vão receber os anos trabalhados e principalmente os salários. Em conversa com algumas delas pareceu que se trata de situação de falência fraudulenta, já que tudo parecia ir bem até serem avisadas do processo. 
Na visita de solidariedade realizada nesta terça, dia 23, as trabalhadoras demonstraram sua organização e força além da intrínseca necessidade de apoio da sociedade. Afinal, como bem cantaram a trabalhadoras neste dia 23,  “eles comem tudo e não deixam nada”. Tanto nos países centrais, como nas periferias, o capital se manifesta ferozmente em desemprego e isto é cada vez mais evidente. A insegurança diante o futuro é maior, além das novas formas de atuação do Estado que mostra a “crise” e todas as suas consequências com o status de aparente normalidade. Neste sentido, as trabalhadoras da Triumph têm dado um bom exemplo ao não aceitarem as condições postas. 
TRIUMPHAREMOS SIM!!

Foto: Elaine Santos

 

 

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